Roubo, corrupção
Miséria, submissão
Entre os extremos, as iniquidades
E arcamos com a desigualdade
Só vai te incomodar
No dia em que alguém te assaltar
Algo está errado
Com o número de desempregados
Meninas vendem nos sinais
Até serviços sexuais
Mas só vai te afligir
Se tua filha se prostituir
A violência é o espetáculo
Pras câmeras e seu oráculo
A serviço da nova ditadura
Industrializam uma subcultura
Enquanto a Educação
Mendiga sob a ostentação
Indivíduo consumista
Agiota prestamista
Indústrias poluentes
Degradam o meio ambiente
Descrevem a equação
De um modelo em convulsão
Mas só vai interessar
Quando a favela ao teu bairro chegar
Mas só vai te afligir
Se uma bala te atingir
Só vai te aborrecer
Quando a água então esvanecer